Foi diretor do Conselho de Segurança Nacional norte-americano sob as presidências de Bill Clinton e George W. Bush. Ao longo de uma carreira de mais de quatro décadas nos Negócios Estrangeiros, Daniel Fried esteve envolvido na implementação de políticas norte-americanas na Europa, após a queda da União Soviética. Foi embaixador na Polónia, secretário de Estado Adjunto para a Europa e ajudou a elaborar a política de ampliação da NATO para a Europa Central, ao mesmo tempo que tentava um equilíbrio nas relações com a Rússia. Em 2014, quando Moscovo ordenou a anexação da Crimeia, assumiu o cargo de coordenador do Departamento de Estado para Política de Sanções.
Conhecedor do regime de Putin, com quem até já se reuniu “nos tempos áureos” da relação com os EUA, Daniel Fried assegura que o líder do Kremlin sabe que canais usar para negociar uma saída da guerra com os EUA ou outro país mediador, mas argumenta que Moscovo está a perder no campo de batalha e não lhe deve ser oferecida uma saída indolor.
Nesta entrevista com o Expresso, o diplomata norte-americano analisa que, como as democracias se mostraram “mais fortes” do que imaginava, Putin entrou na roleta russa da escalada. “Tal como Hitler, pensa que é um génio e está a ordenar ao seu Exército que faça coisas que não conseguirá fazer; está a combinar as piores características do czarismo nacionalista do século XIX e do Estalinismo da União Soviética”, sublinha.
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