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Guerra na Ucrânia

Ucrânia teme ‘Kholodomor’ (não é a morte pela fome, mas pelo frio)

Soldados ucranianos na reconquista da cidade de Lyman, na região de Donetsk, em outubro de 2022
Soldados ucranianos na reconquista da cidade de Lyman, na região de Donetsk, em outubro de 2022
Anatolii Stepanov/AFP

Moscovo tem redobrado os ataques a infraestruturas essenciais e ucranianos temem o frio que podem passar este inverno

Ucrânia teme ‘Kholodomor’ (não é a morte pela fome, mas pelo frio)

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Segunda-feira, a Ucrânia acordou sob uma fúria de bombardeamentos russos, em retaliação pela explosão que destruiu parte da ponte entre a Crimeia (ocupada desde 2014) e a Rússia, a 8 de outubro. O centro de Kiev foi atingido, algo que não acontecia desde junho. E já esta quinta-feira explodiram drones kamikaze sobre Bucha, uma das cidades mártires dos arredores de Kiev, onde se descobriram as primeiras valas comuns depois de um mês de ocupação russa.

O mundo voltou a falar de ameaça nuclear, os principais apoiantes de Putin exigiram vingança dura e o Presidente russo fez por não os desiludir. O nuclear ficou de fora das opções e é pouco provável que venha a ser usado, segundo a análise da maioria dos especialistas, mas várias estruturas essenciais para a vida civil, como depósitos de água e linhas de abastecimento de energia, ficaram severamente danificadas. Nas redes sociais surgiu uma palavra nova para o leitor ocidental: “Kholodomor”, morte pelo frio. Quem a escreveu, no Twitter, foi a diretora do Centro para a Vitória da Ucrânia, Olena Halushka.

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