Guerra na Ucrânia

Ucrânia teme ‘Kholodomor’ (não é a morte pela fome, mas pelo frio)

14 outubro 2022 12:14

Ana França

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Soldados ucranianos na reconquista da cidade de Lyman, na região de Donetsk

anatolii stepanov/afp

Moscovo tem redobrado os ataques a infraestruturas essenciais e ucranianos temem o frio que podem passar este inverno

14 outubro 2022 12:14

Ana França

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Segunda-feira, a Ucrânia acordou sob uma fúria de bombardeamentos russos, em retaliação pela explosão que destruiu parte da ponte entre a Crimeia (ocupada desde 2014) e a Rússia, a 8 de outubro. O centro de Kiev foi atingido, algo que não acontecia desde junho. E já esta quinta-feira explodiram drones kamikaze sobre Bucha, uma das cidades mártires dos arredores de Kiev, onde se descobriram as primeiras valas comuns depois de um mês de ocupação russa.

O mundo voltou a falar de ameaça nuclear, os principais apoiantes de Putin exigiram vingança dura e o Presidente russo fez por não os desiludir. O nuclear ficou de fora das opções e é pouco provável que venha a ser usado, segundo a análise da maioria dos especialistas, mas várias estruturas essenciais para a vida civil, como depósitos de água e linhas de abastecimento de energia, ficaram severamente danificadas. Nas redes sociais surgiu uma palavra nova para o leitor ocidental: “Kholodomor”, morte pelo frio. Quem a escreveu, no Twitter, foi a diretora do Centro para a Vitória da Ucrânia, Olena Halushka.