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Guerra na Ucrânia

"Como podemos lutar para desnazificar a Ucrânia se a Rússia é o país mais racista do mundo?": ecos de revolta nas regiões russas esquecidas

Inguchétia
Inguchétia
VASILY MAXIMOV

Nas regiões recônditas, mais pobres e mais esquecidas da Rússia, vivem minorias étnicas que se sentem “carne para canhão” nesta guerra contra a Ucrânia, orquestrada por Moscovo. Duas cidadãs russas, naturais da Buriácia e de Inguchétia, denunciam o “racismo” do regime e a revolta popular, e fazem cair por terra a ideia construída internamente - e amplamente difundida para fora - de uma Rússia mais do que unida

A guerra começou na Ucrânia, mas os estilhaços estão por toda a parte. Na região de Inguchétia, a mais pequena da Rússia, de um total de 84 - em que não se inclui a Crimeia -, são visíveis os sinais de fumo. A república partilha fronteiras com a Geórgia, com a Chechénia e com a Ossétia do Norte, e sente-se estrangeira, alheada das causas e argumentos de Moscovo. "As pessoas sentem-se perdidas, não sabem o que estamos a fazer noutro país", desabafa Zarina Sautieva, à conversa com o Expresso por vídeochamada, a partir dos EUA. O território ucraniano parece longínquo demais para quem vive em Inguchétia, onde a cabeça é terreno fértil para o medo e as aflições estão sempre ao pé da boca. "Falo com a minha família e com todos os meus amigos, e eles não sabem o que fazer. Ninguém está disposto a deixar os homens da casa ir para a Ucrânia, para serem mortos ou matarem alguém."

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