Guerra na Ucrânia

Fugas no gasoduto Nord Stream 2 foram resolvidas

Imagem captada por um F.16 dinamarquês da bolha provocada pela fuga de gás do Nord Stream 2, na região de Bornholm, Dinamarca
Imagem captada por um F.16 dinamarquês da bolha provocada pela fuga de gás do Nord Stream 2, na região de Bornholm, Dinamarca
Anadolu Agency / Getty Images

A Dinamarca informou, este sábado, que foram estancadas as fugas no Nord Stream 2, no Mar Báltico. O incidente serviu para Rússia e Estados Unidos responsabilizarem-se mutuamente pelo sucedido naquele gasoduto que liga a Rússia à Alemanha

As fugas no gasoduto Nord Stream 2, que liga a Rússia à Alemanha, no Mar Báltico, foram finalmente resolvidas, informou, este sábado, a agência de energia dinamarquesa.

“A pressão da água fechou mais ou menos o gasoduto, pelo que o gás no seu interior não pode sair”, disse Ulrich Lissek, porta-voz da agência, confirmando que ainda há gás nos tubos.

Explosões submarinas de alta potência danificaram os gasodutos Nord Stream 1 e 2, esta semana, provocando fuga de metano.

Rússia e EUA culpam-se mutuamente

Na sexta-feira, Washington e Moscovo acusaram-se mutuamente pela tentativa de sabotar os gasodutos construídos pela Rússia.

As divergências entre os dois países prolongaram-se durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque, na sexta-feira, que fora convocada pela Rússia para discutir os problemas nos gasodutos.

Entretanto, Suécia e Dinamarca divulgaram um relatório provando que as fugas tinham sido provocadas por fortes explosões submarinas, no Mar Báltico.

Política e desinformação

O Presidente russo, Vladimir Putin, apontou o dedo ao Ocidente, denunciando a tentativa de “destruir a infraestrutura energética” que alimenta a Europa Central.

Em Washington, a Casa Branca rejeitou as alegações de Putin sobre o oleoduto, lançando suspeitas sobre as intenções russas de “disseminar desinformação e mentiras”.

“Não vamos deixar que a desinformação da Rússia nos distraia da sua tentativa claramente fraudulenta de anexar território ucraniano”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, na sexta-feira.

O preço da dependência energética

Há vários anos que os Estados Unidos avisam a Alemanha dos riscos de ficar dependente da energia russa.

Os ataques aos oleodutos levaram as empresas de energia e os governos europeus a reforçar a segurança em torno desta infraestrutura energética.

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