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Guerra na Ucrânia

“Converso com mães de soldados que morreram e elas apoiam Putin. Têm raiva, mas é dos ucranianos”: o relato de um jornalista na Rússia

Moscovo
Moscovo
Getty

O jornalista russo Vladimir Sevrinovsky encontrava-se em Moscovo - a sua cidade natal - quando aceitou falar com o Expresso por videochamada. Em poucas horas, partiria para o Daguestão, onde as ruas começam a ser palco de manifestações acesas contra a mobilização parcial determinada pelo Kremlin. Nesta entrevista, Vladimir Sevrinovsky explica o que leva os voluntários para a guerra: nas regiões mais pobres, e com mais baixas registadas, a motivação é sobretudo poder pagar os empréstimos

Em Tuva, uma das regiões mais isoladas da Rússia, onde não se pode chegar à capital de comboio, mas apenas de avião ou seguindo uma única estrada, Vladimir Sevrinovsky constatou por que a república é a região russa com mais mortes militares registadas por cem mil pessoas. Das 6219 baixas russas identificadas, 94 são atribuídas a Tuva, a região mais pobre da Federação Russa. Já no Daguestão, onde a população começa a protestar contra a mobilização parcial anunciada por Putin, o jornalista russo observou como sentimentos contraditórios convivem como parceiros íntimos: o amor ao país e a aspiração de liberdade, o luto e a resignação à hierarquia vigente. Nesta entrevista ao Expresso, o repórter que tem viajado para as regiões russas mais afetadas pela guerra conta o que viu. Este é um retrato falado de uma Rússia esquecida.

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