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Guerra na Ucrânia

A contraofensiva de Kharkiv descodificada: "uma injeção de moral nas tropas e cidadãos" ucranianos, mas os russos "vão continuar a lutar”

ESPERA — Este ucraniano de Kharviv acredita que a sua cidade tem defesa possível, apesar de russófona e da proximidade ao território da Rússia
ESPERA — Este ucraniano de Kharviv acredita que a sua cidade tem defesa possível, apesar de russófona e da proximidade ao território da Rússia
SERGEY BOBOK / AFP / GETTY IMAGES

Em termos militares, é pouco provável que a reconquista de grande parte do território ocupado pela Rússia em Kharkiv vá mudar alguma coisa na guerra. As consequências de um ataque tão inesperado e com tanto sucesso são primeiro psicológicas e depois políticas - tanto na Rússia quanto na Ucrânia. Uma análise nas entrelinhas sobre o que realmente significa este “feito militar” da Ucrânia que não é, porém, equivalente a uma “catástrofe” para a Rússia

A contraofensiva de Kharkiv descodificada: "uma injeção de moral nas tropas e cidadãos" ucranianos, mas os russos "vão continuar a lutar”

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Os últimos dias foram uma sucessão de notícias inesperada, também para os parceiros da Ucrânia no Ocidente. “É um grande feito militar, para lá de todas as expectativas. Falando friamente, a velocidade a que os ucranianos conquistaram tanto território em comparação com o número de homens perdidos faz desta contraofensiva, sem dúvida, um sucesso”, diz ao Expresso Justin Bronk, especialista em estratégia militar do RUSI (Royal United Services Institute), um grupo de especialistas focado em temas de segurança e defesa com sede em Londres.

Os avanços mencionados por Bronk referem-se à reconquista, por parte do exército ucraniano, de várias localidades (o Presidente Volodymyr Zelensky fala em mais de 20) na região de Kharkiv (Carcóvia), no nordeste do país. Tudo aconteceu em pouco mais de três dias e mais uma vez a frase que as autoridades russas escolheram para explicar o inexplicável foi: “as nossas tropas estão a reagrupar”, tal como já tinha acontecido nos primeiros dias de abril, quando perderam todos os territórios em redor de Kiev.

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