Super iate de oligarca russo vai ser vendido em leilão em Gibraltar. É o primeiro bem apreendido e colocado à venda
Vários governos têm solicitado que os bens de luxo apreendidos sejam vendidos e que o seu valor reverta a favor dos ucranianos
PASCAL POCHARD-CASABIANCA
O "Axioma" pertence a Dmitrievich Pumpyansky, proprietário e presidente de uma fornecedora da estatal russa de energia Gazprom. Está estimado em 75 milhões de euros
Um super iate russo, avaliado em cerca de 75 milhões euros, será vendido depois de o proprietário ter sido sancionado, avança a BBC. O "Axioma" foi apreendido em Gibraltar, em março passado, quando a instituição bancária JP Morgan alegou que o proprietário, Dmitrievich Pumpyansky, não pagou um empréstimo de 20 milhões de euros.
A embarcação será leiloada na terça-feira e, por estar incluída numa lista de apenas um dia, as expectativas são as de que o valor atingido seja inferior ao estimado.
O "Axioma" pode acomodar 12 pessoas em seis cabines duplas, e há espaço suficiente para o transporte de 20 tripulantes. O iate tem ainda piscina, jacuzzi, 'spa', cinema 3D, 'jet skis' e equipamento de mergulho. Trata-se do primeiro barco de luxo apreendido a ser vendido desde que as restrições foram impostas aos cidadãos mais ricos da Rússia, após a invasão da Ucrânia, em fevereiro passado.
A medida surge após vários pedidos de governos, incluindo o do Reino Unido, para a realização de verbas a partir de bens apreendidos, de forma a ajudar os refugiados ucranianos. Neste caso, no entanto, o dinheiro da venda do "Axioma" destina-se ao JP Morgan, após o leilão do Tribunal do Almirantado de Gibraltar.
Embora seja propriedade de Pumpyansky, o barco - originalmente batizado com o nome "Praça Vermelha", quando foi construído, em 2013 - estava disponível para que milionários o alugassem por até 549.000 euros por semana (quantia em que não estavam incluídas as despesas).
Dmitrievich Pumpyansky é o proprietário e presidente da fabricante de tubos de aço OAO TMK, fornecedora da empresa estatal russa de energia Gazprom. O oligarca, de 58 anos, foi alvo de sanções decretadas pelo Reino Unido, pela UE e pelos Estados Unidos da América.
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