Sentiu o coração quase a parar quando os seus piores receios se concretizaram, a 24 de fevereiro, o dia em que a Rússia bombardeou Kiev, num sinal claro de invasão ao seu país pela força das armas.
"Vi as primeiras notícias, estupefacto, o que mais me tocou foi a quantidade de mulheres a fugir, com crianças ao colo, em condições tão duras, numa altura em que caía neve na Ucrânia. Isto mexe por dentro de uma forma que não há palavras para descrever", conta Roman Kurtysh, empresário ucraniano que vive há quase 20 anos em Portugal.
Roman Kurtysh não teve muito tempo para ficar em choque - sentiu que tinha de partir logo para a ação e ajudar o mais possível o seu país em guerra, à distância, e em múltiplas frentes. Em dois dias mobilizou todos os contactos que tinha e fundou a associação Ukhrainian Refugees UAPT, transformando a sede da sua empresa de construção em Lisboa, na zona das Olaias, num centro completo para acolher refugiados ucranianos, e também para recolha de doação de bens.
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