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Guerra na Ucrânia

Sanções à Rússia: petróleo mitiga o impacto, mas uma "recessão total" deve chegar até fim do ano

Sanções à Rússia: petróleo mitiga o impacto, mas uma "recessão total" deve chegar até fim do ano
Anton Petrus

As palavras desafiadoras de Putin, prometendo a glória económica da Rússia e a superação de todos os obstáculos das sanções ocidentais, são mais um artifício do regime. De acordo com analistas internacionais ouvidos pelo Expresso, a subida do valor do rublo é uma "miragem" e a recessão total no final deste ano é uma hipótese cada vez mais verosímil

Em março deste ano, a Rússia tornou-se o país mais sancionado do mundo. As mais de cinco mil penalizações económicas aplicadas a Moscovo ultrapassam a soma de quatro protagonistas internacionais pesadamente sancionados: Irão, Venezuela, Myanmar e Cuba. Se, numa fase inicial, a moeda russa começou a cair a pique, no final de maio a situação era já bem diferente. O rublo valorizou e atingiu níveis comparáveis a 2018, fazendo com que a moeda obtivesse o segundo melhor desempenho face ao dólar em 2022, de acordo com uma análise do índice Dow Jones Market Data.

O rublo subiu 16% em relação ao dólar em 2022, bem como quase 150% em comparação com os dias após a invasão da Ucrânia, há três meses. Num discurso no Fórum Económico Internacional, em São Petersburgo, Vladimir Putin, desafiador, prometeu: "A Rússia está a entrar na era em que se aproxima de um país poderoso e soberano. Certamente usaremos as novas e colossais oportunidades que esta era está a abrir à nossa frente".

Mas a verdade é bem mais complexa e desfavorece a economia russa a curto prazo, isto é: dentro de meses, o castelo de cartas construído pelo Kremlin, com base em aparências, pode começar a desmoronar-se.

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