"A maior parte de nós, analistas, pensa que esta guerra [na Ucrânia] provavelmente caminha para algum tipo de impasse, que ocorrerá no outono deste ano." Quem o assume, nesta entrevista com o Expresso, já analisou décadas de conflitos em todo o mundo. Michael Clarke tem um longo currículo enquanto consultor na área da Defesa no Reino Unido. Já pertenceu à respetiva comissão parlamentar na Câmara dos Comuns e ainda à de Negócios Estrangeiros. Em 2004, foi nomeado membro do Reino Unido no Conselho Consultivo do Secretário-Geral da ONU para assuntos de desarmamento.
Em 2009 foi nomeado para o Fórum de Segurança Nacional do primeiro-ministro e em 2010 para o grupo consultivo estratégico do Chefe do Estado-Maior da Defesa do Reino Unido. Em 2014 presidiu ao painel consultivo de comunicações do Ministério da Defesa britânico. Especializou-se em questões relacionadas com a NATO, outras alianças militares, segurança e conflito e ainda dá aulas no King's College, em Londres.
Quanto a esta guerra, que começou a 24 de fevereiro, Michael Clarke vê o caso mal parado. Admite que o consenso ocidental é muito forte, mas pode começar a fragmentar-se à medida que a guerra avança: nem para a Ucrânia nem para a Rússia uma vitória parece estar encaminhada. Aliás, ao analisar as forças russas, o antigo diretor do Royal United Services Institute atira: "Se os russos quiserem capturar Kiev, só daqui a um ano, depois de uma mobilização militar nacional significativa."
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