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Guerra na Ucrânia

Jens Stoltenberg: “Temos de proteger mil milhões de pessoas. Se isto escalasse para uma guerra entre NATO e Rússia haveria mais sofrimento”

Jens Stoltenberg: “Temos de proteger mil milhões de pessoas. Se isto escalasse para uma guerra entre NATO e Rússia haveria mais sofrimento”
Sean Gallup

Em entrevista exclusiva ao Expresso, o secretário-geral da NATO, traça o plano da Aliança Atlântico Norte: continuar a fornecer apoio à Ucrânia, mas sem botas no terreno para prevenir um conflito global. E deixa também pistas sobre como lidar com a China

Jens Stoltenberg: “Temos de proteger mil milhões de pessoas. Se isto escalasse para uma guerra entre NATO e Rússia haveria mais sofrimento”

Susana Frexes

Correspondente em Bruxelas

O secretário-geral da NATO mantém a confiança num processo “rápido” de adesão da Finlândia e da Suécia, desdramatizando a oposição turca à entrada dos dois países: “Não é demasiado tarde para isso.” Jens Stoltenberg argumenta que é preciso “reconhecer que a Turquia é um aliado importante” e defende — numa entrevista conjunta a correspondentes em Bruxelas, incluindo do Expresso — que, se um aliado suscita preocupações, “é preciso dar-lhes resposta”.

A sua resposta é também a politicamente correta, de quem tem de defender cada um dos 30 aliados que representa, diluindo as divergências expostas na praça pública. Há apenas duas semanas, quando Helsínquia dava como certa a candidatura à NATO, o norueguês prometia um processo “rápido e tranquilo”. Essa facilidade depressa foi posta em causa pelas declarações do Presidente turco. Agora, com a Suécia e a Finlândia a enviarem delegações à Turquia para ultrapassar o bloqueio, Stoltenberg aposta no “diálogo em curso”, adiantando que “é a forma de resolver” os problemas numa organização, onde é “normal” que surjam dúvidas e entraves aos processos de adesão. “Estamos a trabalhar em Bruxelas, Ancara, Helsínquia e Estocolmo.”

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