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Guerra na Ucrânia

No “dia da pátria russa”, a unidade vai sobressair: “Aquilo que a generalidade dos russos sabe da guerra é aquilo que Putin quer que saibam”

No “dia da pátria russa”, a unidade vai sobressair: “Aquilo que a generalidade dos russos sabe da guerra é aquilo que Putin quer que saibam”
NurPhoto/Getty Images

O Expresso procurou perceber, com a ajuda de três especialistas, o que está em causa neste 9 de maio, o Dia da Vitória na Rússia, e o que se sabe do clima político e do sentimento da opinião pública. É pouco provável que Putin assuma estar numa guerra, indicam, e também não se vislumbra espaço para dissidências entre as elites e os cidadãos comuns: há uma “máquina de propaganda que está a funcionar, no sentido de justificar e legitimar” a denominada “operação militar especial na Ucrânia”, com “níveis de popularidade muito altos” do Presidente. Pensar num golpe de Estado é “leitura à ocidental”

Todos os anos, a Rússia celebra com pompa e circunstância o Dia da Vitória, a 9 de maio. Trata-se da comemoração da capitulação das forças nazis perante as tropas soviéticas, no fim da II Guerra Mundial, a que a Rússia chama Grande Guerra Patriótica.

A Praça Vermelha, em Moscovo, será o palco de uma parada militar com colunas de veículos, armas e tropas em desfile. Esta é “uma celebração em grande por natureza”, em que a Rússia tem “procurado fazer demonstração da sua grandeza passada, presente e futura”, começa por explicar Sandra Fernandes, professora na Universidade do Minho e doutorada em Ciência Política e Relações Internacionais.

“Não é só este ano que a Rússia irá dar um simbolismo muito grande às suas forças armadas, aos seus equipamentos e ao seu arsenal, nomeadamente em termos de mísseis. No contexto da guerra na Ucrânia, este ano afigura-se particularmente importante, no sentido de pelo menos em termos de imagem afirmar que a Rússia continua com as suas plenas capacidades militares e, portanto, de ofensiva na Ucrânia”, acrescenta a especialista.

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