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Guerra na Ucrânia

“A máscara caiu". A viagem da Finlândia até à NATO durou décadas e fez-se a medo

Os chefes de Governo da Finlândia (Sanna Marin), Alemanha (Olaf Scholz) e Suécia (Magdalena Andersson), todos sociais--democratas, reuniram--se esta semana em Meseberg, na Alemanha
Os chefes de Governo da Finlândia (Sanna Marin), Alemanha (Olaf Scholz) e Suécia (Magdalena Andersson), todos sociais--democratas, reuniram--se esta semana em Meseberg, na Alemanha
HANNIBAL HANSCHKE/GETTY IMAGES

Há muito condicionado pela História e por guerras do passado, o país escandinavo está pronto a aderir à NATO. Moscovo ajudou. Mas o processo começou há muito

Jussi Pullinen, em Helsínquia

O Presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, falou à imprensa horas depois de o seu homólogo russo ter invadido a Ucrânia. “A máscara caiu e só o frio rosto da guerra é visível”, comentou. Estas palavras tornaram-se símbolo de súbita viragem na política externa finlandesa. Outrora conhecido pela neutralidade, o país tem pressa em tornar-se membro da NATO, como, de resto, a vizinha Suécia.

Em 2017, três anos depois de a Rússia ter ocupado a Crimeia, apenas um quinto dos finlandeses queria pertencer à Aliança Atlântica e quase 60% eram contra, segundo sondagem do jornal “Helsingin Sanomat”. Em janeiro de 2022, com a invasão da Ucrânia iminente, eram 28% os que queriam a adesão. Isto reflete a relação finlandesa do pós-guerra com a União Soviética e, mais tarde, com a Rússia.

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