Informações dos serviços secretos norte-americanos permitiram a Kiev matar generais russos
Os ucranianos têm repetidamente afirmado que mataram generais russos no terreno desde do início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro
Os ucranianos têm repetidamente afirmado que mataram generais russos no terreno desde do início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro
O jornal norte-americano "New York Times" noticiou que as informações fornecidas pelos serviços secretos dos Estados Unidos aos militares ucranianos levaram à morte de vários generais russos perto da linha da frente. O diário, que citou fontes não identificadas dos serviços secretos norte-americanos, escreveu, na quarta-feira, que as informações incluíram "determinar a localização e outros detalhes do quartel-general móvel do exército russo, que se desloca regularmente".
De acordo com responsáveis, esta informação, combinada com a dos ucranianos e, em particular a interceção de comunicações, permitiu a estes últimos efetuar ataques de artilharia contra altas patentes russas. O jornal indicou que as fontes não quiseram avançar um número. Contactado pela agência de notícias France-Presse (AFP), o Pentágono não respondeu imediatamente.
Os ucranianos têm repetidamente afirmado que mataram generais russos no terreno desde do início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro. No início de março, o município da cidade de Novorosiisk, no sul da Rússia, confirmou a morte na Ucrânia do general Andrei Sukhovetsky, comandante adjunto do 41.º Exército.
A assistência dos serviços secretos dos EUA à Ucrânia, que Washington não revela, vem juntar-se aos milhares de milhões de dólares de equipamento militar entregue - de forma mais transparente - ao exército de Kiev, incluindo armas antitanque, munições e, mais recentemente, artilharia pesada, helicópteros e 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados).
Em 25 de abril, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, disse que o objetivo dos EUA era "ver a Rússia enfraquecida ao ponto de não poderem fazer o tipo de coisas que fizeram na invasão da Ucrânia".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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