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Guerra na Ucrânia

“Nunca vamos perdoar aos que defendem o que Putin está a fazer” Associação que ajudava vítimas de Chernobyl apoia agora as da invasão russa

A família de Viktor Polianskyi encontrou porto de abrigo em Itália
A família de Viktor Polianskyi encontrou porto de abrigo em Itália
D.R.

A associação Bambini dell’Est nasceu para promover “estadas de reabilitação” para vítimas do desastre nuclear de Chernobyl. Agora vai ao encontro das da guerra na Ucrânia. Uma das 200 famílias que ajudaram a resgatar partilha com o Expresso a sua história. Os que estão a salvo temem pelos que ficaram

Catarina Brites Soares

Viktor Polianskyi tem 66 anos. Viktor Lisenko, 16. É por causa do último que o primeiro está a salvo, em Itália, junto da família de acolhimento que recebia o jovem todos os anos através do programa internacional Crianças de Chernobyl. A associação Il Bambini dell’Est (crianças de leste) organizava intercâmbios de órfãos dos 6 aos 18 anos, no âmbito de um acordo entre países na sequência do acidente nuclear ocorrido em 1986.

Tio e sobrinho, foi a idade que livrou os dois Viktor do campo de batalha que se tornou a Ucrânia. A Lei Marcial impede que homens entre os 18 e os 60 anos saiam do país — queiram ou não.

Viktor, o mais novo, assistiu de fora ao galopar dos acontecimentos. O azar de se ter lesionado na perna foi a sua sorte. Obrigado a adiar o regresso, depois de passar o Natal com a família italiana, como é hábito desde 2016, estava em território seguro quando a Rússia invadiu a Ucrânia, a 24 de fevereiro.

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