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Guerra na Ucrânia

A última guerra na Europa foi nos Balcãs. A região vive em paz, mas não está imune ao que se passa na Ucrânia

Bandeiras da Sérvia e da Rússia, numa manifestação em Belgrado, realizada por organizações de extrema-direita, em apoio da invasão russa da Ucrânia
Bandeiras da Sérvia e da Rússia, numa manifestação em Belgrado, realizada por organizações de extrema-direita, em apoio da invasão russa da Ucrânia
Andrej Isakovic / AFP / Getty Images

A Ucrânia está sozinha na defesa da agressão russa, mas as consequências políticas desta guerra podem bem transbordar o seu território. Em Bruxelas, o alargamento da União Europeia a leste está transformado num dilema. E nos chamados Balcãs Ocidentais — palco da última grande guerra na Europa —, há receios de instabilidade e do regresso de velhos fantasmas

Margarida Mota

Jornalista

A guerra na Ucrânia pôs fim a um período de paz relativa na Europa que durava há pouco mais de 20 anos. Excetuando conflitos localizados nas fronteiras da Rússia — como o independentismo na região russa da Chechénia, a disputa entre arménios e azeris em torno de Nagorno-Karabakh ou as pretensões separatistas das repúblicas georgianas da Abecásia e da Ossétia do Sul —, a última grande guerra no Velho Continente travou-se aquando do desmembramento da Jugoslávia.

O conflito foi grande em duração — dez anos (1991-2001) — e em função da quantidade de entidades políticas que envolveu, algumas com estreitas ligações à Rússia. Hoje, a questão coloca-se com naturalidade: pode a guerra na Ucrânia contribuir para nova desestabilização da região dos Balcãs?

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