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França

Incerteza política em França: François Bayrou tentou “jogada de póquer” e colocou o destino do Governo nas mãos do Parlamento

Primeiro-ministro francês François Bayrou durante uma conferência de imprensa de apresentação das principais medidas que constam do seu projeto de lei das finanças
Primeiro-ministro francês François Bayrou durante uma conferência de imprensa de apresentação das principais medidas que constam do seu projeto de lei das finanças
Christophe Petit Tesson/EPA

Ao pedir um voto de confiança aos deputados franceses, o primeiro-ministro sem maioria arrisca-se a ser desautorizado. Uma decisão que fragilizaria o bloco central, enfraqueceria Emmanuel Macron e mergulharia a França numa nova crise institucional. Em pano de fundo, o risco de uma nova dissolução

E agora, a crise. O primeiro-ministro François Bayrou tomou uma decisão kamikaze. Para surpresa geral, este centrista de 74 anos pediu no dia 25 de agosto um voto de confiança ao Parlamento. A 8 de setembro, os deputados terão, portanto, o poder de demitir o chefe do Governo. A declaração teve o efeito de um sismo no mundo politico. Ameaçado por oposições cada vez mais atraídas pelo voto de censura, atingido por uma crescente impopularidade no país, incapaz de defender o seu plano de austeridade que prevê poupanças de 43,8 mil milhões de euros e foi apresentado em 15 de julho, o chefe do Governo tentou o tudo por tudo.

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