França

Émile Soleil desapareceu nos Alpes em 2023: agora os avós maternos foram detidos por “homicídio doloso” e “ocultação de cadáver”

Voluntários durante operações de busca por Émile, perto de Le Vernet, na região francesa dos Alpes
Voluntários durante operações de busca por Émile, perto de Le Vernet, na região francesa dos Alpes
NICOLAS TUCAT

Philippe Vedovini e a sua mulher, avós de Emile Soleil, bem como dois dos seus filhos, foram detidos sob acusações de homicídio voluntário e ocultação de cadáver por investigadores da secção de investigação da 'gendarmeria' de Marselha

Quatro pessoas, incluindo os avós do menino Emile Soleil, desaparecido em julho de 2023 nos Alpes franceses, foram detidas hoje por "homicídio doloso" e "ocultação de cadáver", anunciou o procurador público de Aix-en-Provence (sudeste).

"Esta manhã, 25 de março de 2025, Philippe Vedovini e a sua mulher, avós de Emile Soleil, bem como dois dos seus filhos, foram detidos sob acusações de homicídio voluntário e ocultação de cadáver por investigadores da secção de investigação da 'gendarmeria' de Marselha", no sudeste de França, declarou o procurador, Jean-Luc Blanchon, num comunicado enviado à Agência France Presse (AFP).

O magistrado disse que estas detenções "fazem parte de uma fase de verificação e comparação dos elementos e informações recolhidos durante as investigações realizadas nos últimos meses".

"Os investigadores estão também a realizar operações forenses em vários locais do país", acrescentou o procurador, que especificou que "será feita uma nova comunicação após a conclusão das ações em curso".

A advogada dos avós, Isabelle Colombani, confirmou à AFP que os seus clientes foram colocados sob custódia policial.

"Não tenho nenhum comentário a fazer, acabei de descobrir", disse.

Emile, de dois anos e meio, desapareceu a 08 de julho de 2023, depois de ter chegado para as férias de verão à casa dos avós maternos, na aldeia de Haut-Vernet, nos Alpes franceses.

Inicialmente, os investigadores dispunham apenas do testemunho de dois vizinhos que declararam ter visto a criança à distância, saindo de casa e caminhando sozinha por uma rua em declive.

Nenhuma hipótese foi excluída, embora desde o início as autoridades tenham advertido que seria muito difícil encontrá-lo vivo no caso de um desaparecimento autónomo passados os primeiros dias.

Durante nove meses, a investigação não produziu nada de concreto, até à descoberta, no final de março de 2024, por um caminhante, do crânio e dos dentes da criança, a aproximadamente 1,7 quilómetros da aldeia.

O funeral do menino foi realizado a 08 de fevereiro na basílica de Saint-Maximin-la-Sainte-Baume (sudeste), na presença de toda a família.

A 13 de março, a presença de investigadores na aldeia de Haut-Vernet reacendeu as especulações.

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