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França

A destruição de Gisèle Pelicot: tomá-la como exemplo seria de novo apagá-la como pessoa, retirar-lhe a humanidade

Gisèle Pelicot no tribunal em Avignon
Gisèle Pelicot no tribunal em Avignon
GUILLAUME HORCAJUELO

Giséle Pelicot agiu com coragem a partir do que lhe aconteceu. E o que fez foi mostrar ao mundo como se destrói uma mulher, como se reduz uma pessoa a um meio, como se aniquila alguém que está muito próximo. Anunciemos que a personalidade do Ano se chama Gisèle Pelicot

Gisèle Pelicot acreditava que tinha uma vida boa. O casamento com Dominique Pelicot seria para a vida. Tinham celebrado as bodas de ouro. Eram ambos reformados e tinham-se mudado para uma casa no sul de França. Os filhos e os netos estavam por perto. Só as falhas de memória a incomodavam. Faziam-na temer o pior. Estaria com Alzheimer? Ao mesmo tempo, estranhamente, tinha doenças do foro ginecológico que não conseguia explicar. Sentia-se mal, em baixo. Os médicos sugeriam que estava com uma depressão.

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