França

Supremo confirma prisão de Sarkozy com pulseira eletrónica por corrupção

Supremo confirma prisão de Sarkozy com pulseira eletrónica por corrupção
Luke Dray

Antigo presidente francês vai ter de usar pulseira eletrónica durante um ano. Sarkozy foi condenado por corrupção e tráfico de influências

Supremo confirma prisão de Sarkozy com pulseira eletrónica por corrupção

João Miguel Salvador

Coordenador digital

Foi esta quarta-feira confirmada a condenação do ex-presidente Nicolas Sarkozy por corrupção e tráfico de influências. A decisão é do Tribunal de Cassação, o Supremo francês, avança a agência Reuters.

O antigo chefe de Estado, o primeiro a ser sujeito a uma sentença de prisão - estará em domiciliária com recurso a pulseira eletrónica durante um ano - tinha recorrido da condenação de 2021 por corrupção e tráfico de influências, na qual lhe havia sido aplicada uma pena de prisão de três anos. Dois desses anos foram suspensos, e Sarkozy usaria uma pulseira eletrónica em vez de cumprir o último ano num estabelecimento prisional.

Sarkozy havia sido considerado culpado por um tribunal inferior de tentar subornar um juiz e de fazer tráfico de influências em troca de informações confidenciais sobre uma investigação aos financiamentos da sua campanha de 2007. O tribunal concluiu que Sarkozy conspirou para garantir um emprego no Mónaco a um juiz em troca de informações privilegiadas sobre uma investigação às alegações de que Sarkozy teria recebido pagamentos ilegais da herdeira da L’Oréal, Liliane Bettencourt.

De acordo com o "Le Monde", foi ainda ordenado um novo julgamento num caso diferente, relacionado com o alegado financiamento líbio da sua campanha eleitoral de 2007. Segundo o grupo de procuradores franceses especializados em crimes financeiros, Sarkozy e outras 12 pessoas devem ser julgados por terem solicitado milhões de euros em financiamento ao regime de Muammar Kadhafi para a campanha presidencial francesa, que acabaria por vencer. Nicolas Sarkozy é acusado de corrupção, financiamento ilegal de campanha e ocultação de desvio de fundos públicos, mas sempre rejeitou todas as acusações.








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