Macron antecipou eleições em busca de se fortalecer e ao seu primeiro-ministro. O que durante uma semana pareceu um “haraquiri” resultou, afinal, na manutenção (até ver e mesmo sem vencer) dos liberais na liderança do Governo. As alianças tramaram Le Pen, as esquerdas unidas triunfaram, mas sem maiorias e com o país e o parlamento divididos, a instabilidade promete estar para durar
Mais até do que um vencedor evidente, uma “barragem republicana” que travou o populismo do Reagrupamento Nacional (RN), as legislativas francesas nesta segunda volta trouxeram um evidente derrotado (a direita radical de Le Pen e do seu “delfim”, Jordan Bardella) e uma configuração parlamentar profundamente instável, uma vez que a coligação das esquerdas, Nova Frente Popular, vencedora sem maioria, será talvez mais o resultado das circunstâncias do que a verdadeira solução para um Governo.
Tanto assim é que o Presidente Emmanuel Macron vai reconduzir o seu primeiro-ministro Gabriel Attal (os liberais do Renascimento estiveram longe de um resultado conseguido, mas sobreviveram às legislativas) no cargo, em nome da “estabilidade”.
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