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França

Aborto na Constituição francesa para fazer frente aos ventos contrários que sopram pelo mundo

Na praça do Trocadéro, perto da torre Eiffel, em Paris, centenas de pessoas festejaram a decisão do Parlamento
Na praça do Trocadéro, perto da torre Eiffel, em Paris, centenas de pessoas festejaram a decisão do Parlamento
Adnan Farzat/NurPhoto/Getty Images

Uma esmagadora maioria de parlamentares aprovou a consagração na Lei Fundamental do direito a interromper voluntariamente uma gravidez. É uma estreia mundial e foi muito estimulada pelo Supremo Tribunal dos Estados Unidos, ao reverter o histórico acórdão “Roe vs Wade”, que dava proteção federal ao aborto

Lucas Sarafian, em Paris

França assistiu, segunda-feira, a uma votação histórica. Reunidos em Versalhes para se pronunciarem sobre a inscrição na Constituição do direito à interrupção voluntária da gravidez (IVG), deputados e senadores deram luz verde a esse passo que nenhum país antes dera. Após horas de debate, 780 dos 925 parlamentares presentes votaram a favor.

A assistir aos trabalhos estavam, com forte carga simbólica, as famílias de Simone Veil, grande mulher da política francesa que se destacou, há meio século, na luta bem-sucedida pela legalização do aborto, e de Gisèle Halimi, uma das maiores advogadas e destacada figura da mesma causa. Os descendentes destas duas combatentes viram ser largamente ultrapassado o limiar de três quintos de votos “sim”, exigido por lei.

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