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França

Ira dos agricultores bloqueia França e deixa a nu fosso político entre ambiente e agricultura

Bloqueio da autoestrada A1 perto do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris
Bloqueio da autoestrada A1 perto do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris
Kiran Ridley/Getty Images

A dois dias do encontro entre Emmanuel Macron e Ursula von der Leyen, centenas de camiões continuam a bloquear os acessos às maiores cidades francesas, apesar das medidas apresentadas sexta-feira pelo primeiro-ministro Gabriel Attal para conter os protestos. A poucos meses das eleições europeias, os ecologistas europeus temem a instrumentalização das revindicações contra as políticas ambientais

Mariana Abreu, em Paris

Após três semanas de mobilização, os agricultores franceses iniciaram, segunda-feira, um cerco de Paris. Os principais acessos que conduzem à capital francesa foram ocupados por camiões e tratores, numa nova demonstração de força dos sindicatos agrícolas. Terça-feira houve 21 bloqueios de autoestradas em todo o país, uma ligeira descida em relação aos 25 da véspera. No total, os agricultores mobilizados serão cerca de 1710.

O movimento, conhecido em França como “ira dos agricultores”, é polimorfo. Defende-se contra o elevado custo de produção, os baixos preços dos alimentos, o excesso de burocracia, as importações baratas e a regulamentação excessiva em matéria do ambiente.

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