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Foram há 50 anos as últimas execuções ordenadas por Franco moribundo, e nem o Papa conseguiu travá-las

Romaria à campa de Ángel Otaegui, um dos derradeiros condenados à morte do franquismo, um ano após a sua execução
Romaria à campa de Ángel Otaegui, um dos derradeiros condenados à morte do franquismo, um ano após a sua execução
François Ducasse/Gamma-Rapho/Getty Images

O regime ditatorial desmoronou-se como se erguera: a matar. Cinco condenados foram executados na manhã de 27 de setembro de 1975, na sequência de julgamentos militares sumaríssimos, sem garantias para os acusados

Foram há 50 anos as últimas execuções ordenadas por Franco moribundo, e nem o Papa conseguiu travá-las

Ángel Luis de la Calle

Correspondente em Madrid

Este sábado, 27 de setembro de 2025, terá passado meio século sobre um dos episódios mais sombrios da história do regime franquista: o fuzilamento de cinco ativistas condenados por terrorismo por tribunais militares e executados apesar de múltiplos apelos à clemência vindos de todo o mundo. Nos estertores da ditadura instaurada pelo general Francisco Franco, vencedor da sangrenta guerra civil de 1936-39 — e com o próprio tirano na reta final da sua vida —, o sistema quis dar prova de que o seu poder não estava a abrir fissuras e de que a sua capacidade repressiva permanecia incólume.

Passados 50 anos, alguns atos comemorativos evocarão aquelas tristes horas, de que restam cada vez menos testemunhas vivas. Reina o desconhecimento sobre os tempos da ditadura, mormente nas camadas mais jovens da sociedade.

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