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Espanha

“Um xenófobo não pode ser um bom cristão”: igreja espanhola choca com a extrema-direita

O arcebispo de Valladolid, Luis Argüello, é o rosto das críticas da igreja católica espanhola ao racismo da direita radical
O arcebispo de Valladolid, Luis Argüello, é o rosto das críticas da igreja católica espanhola ao racismo da direita radical
Fernando Sánchez/Europa Press/Getty Images

Partido radical Vox ameaça alargar a outras partes de Espanha a proibição de celebrações islâmicas adotada na região de Múrcia. Bispos revoltam-se contra o extremismo racista, que no município murciano de Jumilla teve o apoio da direita tradicional

Enquanto um mar de fogo devora os quatro cantos de Espanha, a política continua a alentar chamas de xenofobia que ninguém consegue abafar. O mais recente foco deu-se na localidade murciana de Jumilla, cuja Câmara Municipal decidiu restringir qualquer celebração islâmica nas instalações públicas da povoação.

Pela primeira vez desde o perigoso surto racista de Torre-Pacheco, em julho, a Conferência Episcopal Espanhola (CEE) resolveu interceder na polémica, fazendo uma acesa defesa da liberdade de culto e uma dura crítica à moção aprovada em Jumilla, na semana passada, com os votos do Partido Popular (PP, direita) e do Vox (extrema-direita) para vetar a organização de atos religiosos muçulmanos como o Ramadão ou a Festa do Cordeiro em instalações desportivas.

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