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Espanha

“Sem defesa comum, a Europa deixa de existir no mundo”: Mariano Rajoy, antigo primeiro-ministro espanhol, em entrevista ao Expresso

Mariano Rajoy, antigo primeiro-ministro de Espanha, no Foro La Toja — Vínculo Atlântico, em Lisboa
Mariano Rajoy, antigo primeiro-ministro de Espanha, no Foro La Toja — Vínculo Atlântico, em Lisboa
Tiago Miranda

Os europeus têm de decidir se estão dispostos a ceder parte da sua soberania na área da defesa, defende o antigo chefe do Governo espanhol. Se não o fizerem, o continente ‘desaparece’ e haverá apenas três atores: Estados Unidos, China e Rússia. O ex-líder do Partido Popular afirma concordar com um exército europeu, porque “convém somar esforços”, e apela à eliminação da regra da unanimidade na União Europeia

Mariano Rajoy foi primeiro-ministro de Espanha entre 2011 e 2018, tendo liderado o Partido Popular (PP, centro-direita) durante quase década e meia, a partir de 2004. Antes, ocupou vários cargos durante os governos de José María Aznar (1996-2004): foi ministro do Interior, Administração Pública, Presidência e Educação, Cultura e Desporto, além de primeiro vice-primeiro-ministro e porta-voz do Executivo.

Em entrevista ao Expresso, após a sua intervenção no Foro La Toja – Vínculo Atlântico, esta terça-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, sublinhou que “sem uma política externa e de segurança comum, não somos ninguém”. E apelou a um exercício de aritmética simples: “Somar todos os efetivos militares europeus faz com que tenhamos uma situação melhor até do que os próprios russos, e que não tenhamos de estar a subarrendar a defesa a outros”.

Apesar de não querer alongar-se quando questionado sobre a situação política em Espanha, por se encontrar fora do país, não deixou de dar uma ou outra alfinetada ao Governo do socialista Pedro Sánchez (que em 2018 o derrubou com uma moção de censura) e rejeitou um entendimento entre PP e Vox (extrema-direita) para um futuro Governo nacional.

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