A presidente da Comunidade Autónoma de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, tornou-se, nos últimos meses, o pior pesadelo do Governo central espanhol e, especialmente, do primeiro-ministro. Pedro Sánchez, cujo poder é precário devido à debilidade da aliança entre o seu Partido Socialista Operário Espanhol e a frente de esquerda radical Somar, enfrenta processos judiciais inspirados de uma ou outra forma pela esfera de Ayuso. Esta é um dos valores mais sólidos do Partido Popular (PP, centro-direita), maior força da oposição em Espanha.
Esta semana, Sánchez foi formalmente citado para comparecer e depor na comissão criada no parlamento regional madrileno, por iniciativa da bancada do PP para investigar as atividades da sua mulher, Begoña Gómez, relacionadas com a Universidade Complutense de Madrid (UCM). Parlamento e Universidade dependem funcionalmente do governo regional, ou seja, de Ayuso. Já o companheiro sentimental da governante, Alberto González Amador, apresentou queixa-crime contra Sánchez por injúrias e calúnias, exigindo-lhe uma indemnização de 100 mil euros por lhe ter chamado, em público, “delinquente confesso”.
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