Os efeitos da DANA (Depressão Isolada em Níveis Altos) que arrasou boa parte do território da Comunidade Valenciana no passado dia 29 de outubro, causando mais de 200 vítimas mortais e danos materiais incalculáveis, alastraram-se ao terreno da controvérsia política nacional em termos quase tão virulentos como o das águas que transbordaram.
As equipas de resgate encontraram, na quarta-feira, os corpos dos irmãos Rubén e Izan, de três e cinco anos, arrastados pela corrente que derrubou a sua casa, enquanto brincavam com o seu pai. O número total de mortos gerados pelas cheias cresce para 224. Málaga e Tarragona procuram agora aplicar as lições aprendidas, enfrentando nova borrasca com potencial destrutivo, que produziu inundações na quarta-feira à tarde.
Os partidos políticos, de início prudentes na atribuição de responsabilidades, dedicam-se agora a um cruzamento de acusações que parecem ter por objetivo granjear créditos políticos. A lama do confronto chegou mesmo a Bruxelas, onde a principal força da oposição espanhola, o Partido Popular (PP, centro-direita), conseguiu enturvar o processo de ratificação da candidata espanhola a ocupar um posto de relevo na Comissão Europeia (CE).
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