Há pouco mais de um ano, o jornal americano “The New York Times” publicou uma informação sobre a fortuna do antigo rei de Espanha, Juan Carlos I, que calculava em mais de 2000 milhões de euros, com base em dados de 2012. Este património, de origem incerta, está na raiz da grave crise de credibilidade que afetou a monarquia espanhola, culminando na abdicação do veterano monarca, em 2014.
Seguiram-se o exílio forçado para os Emirados Árabes Unidos, em agosto de 2020, a dissociação da família e um lento e custoso processo de regeneração encabeçado pelo seu filho, Filipe VI, cujos efeitos começam a vislumbrar-se. Sabe-se agora que Juan Carlos decidiu criar uma fundação para gerir esses bens e assegurar que as suas filhas, Elena e Cristina, possam gozar deles, tal como os seus netos e netas, filhos das infantas. De fora ficam o atual rei e as suas filhas, pois Filipe prescindiu de toda e qualquer herança que possa caber-lhe no dia em que o pai morra.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt