“Estamos numa situação de autêntica emergência.” É assim que o presidente do governo regional das Canárias, Fernando Clavijo, reage à escalada do problema migratório no arquipélago, que regista dados nunca antes vistos. Nos primeiros seis meses do ano, chegaram àquelas ilhas 19 mil pessoas — mais do triplo do número de 2023 — a bordo de canoas e barcos precários que se aventuram pela rota atlântica, a mais perigosa das que são utilizadas por máfias que traficam imigrantes.
A maioria destas pessoas vem da Guiné, Gâmbia, Costa do Marfim, Senegal e Mauritânia. Estes Estados africanos, renitentes em receber cidadãos devolvidos pelos países de chegada, vivem, em certa medida, da emigração. As remessas enviadas pelos que partem representam 11% do PIB do Senegal e 23% do da Gâmbia, segundo dados do Banco Mundial.
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