Executivo autonómico volta a ser chefiado pelos nacionalistas moderados, com apoio dos socialistas. Processo de negociação após as eleições de abril contrasta com a agitação dos últimos anos na Catalunha
Não podia ser mais claro o contraste entre o ruído e o alvoroço em que decorrem as negociações políticas para formar governo na Catalunha e a placidez e a estabilidade com que esse mesmo propósito foi alcançado no País Basco. Após dois meses de conversações discretas, foi firmado um pacto de coligação entre o Partido Nacionalista Basco (PNV, centro-direita soberanista) e o Partido Socialista de Euskadi (PSE), sucursal regional do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda).
Quinta-feira foi investido pelo parlamento basco o novo lehendakari (chefe do governo autonómico), Imanol Pradales. Este militante do PNV, de 49 anos, tomou posse do cargo no sábado, perto do velho carvalho da Casa de Juntas de Guernica, onde manda a tradição que as autoridades jurem lealdade aos foros bascos, as leis próprias deste território histórico. Os dois partidos acordaram repartir os cargos do novo executivo, o que deve garantir-lhe quatro anos de estabilidade. É já a terceira edição deste pacto entre nacionalistas e socialistas.
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