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Espanha

Fogo cruzado no rescaldo das eleições na Catalunha, com um presidente desistente e dois aspirantes ao cargo

Depois de o eleitorado ter escolhido entre as muitas opções de voto, as forças políticas terão de resolver o quebra-cabeças da governabilidade na Catalunha
Depois de o eleitorado ter escolhido entre as muitas opções de voto, as forças políticas terão de resolver o quebra-cabeças da governabilidade na Catalunha
Robert Bonet/NurPhoto/Getty Images

Um dia depois da ida às urnas, os partidos que aspiram a governar a região explicam os seus vetos. Para já, sabe-se que o atual presidente do governo autonómico, Pere Aragonès (Esquerda Republicana da Catalunha), abandona a política, enquanto Salvador Illa (socialista) e Carles Puigdemont (Juntos pela Catalunha) se veem no cargo de presidente. Mas só um poderá alcançá-lo

Fogo cruzado no rescaldo das eleições na Catalunha, com um presidente desistente e dois aspirantes ao cargo

Ángel Luis de la Calle

Correspondente em Madrid

São visíveis as primeiras consequências das eleições autonómicas da Catalunha, celebradas este domingo. A jornada ficou marcada pela histórica perda de maioria parlamentar pelo campo nacionalista. O atual presidente do governo regional, Pere Aragonés, anunciou que nem tomará posse como deputado e abandonará a linha da frente da política, embora sem proferir a palavra “demissão”. “Os cidadãos disseram que é a vez de outro liderar a nova etapa”, afirmou, depois de o seu partido — Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, independentista) — ter sido castigado com dureza nas urnas, caindo de 33 para 20 deputados e de 21,3% para 13,7% dos votos.

O antigo presidente Carles Puigdemont acredita ter apoios suficientes para ser investido no parlamento regional, que se constituirá a partir de 10 de junho. O seu partido, Juntos pela Catalunha (JxC, direita separatista), obteve 21,6% dos sufrágios. Já o vencedor incontestável do dia, Salvador Illa, do Partido dos Socialistas da Catalunha (PSC), filial catalã do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda, hoje à frente do Governo de Espanha), formou uma comissão de seis membros que ficará encarregada de conduzir as negociações para formar o próximo Executivo regional, que aspira a encabeçar.

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