Ainda há capítulos ocultos na tragédia da guerra civil espanhola e dos 40 anos de ditadura que se lhe seguiram. Quando ressurgem, fazem as delícias dos historiadores. Deve ter sido o caso de Xurxo Ayán, arqueólogo do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa; Luis Antonio Ruiz Casero, investigador da Universidade Complutense de Madrid; e a documentarista Márcia Hattori, do Instituto Espanhol de Ciências do Património, que reconstituíram a marca de um português esquivo e misterioso nas pedras do Vale dos Caídos.
De nome Manuel Rodríguez Crisogno, “foi uma das personagens mais desconhecidas que participara na construção do monumento-santuário fascista entre 1943 e 1950”, asseguram ao Expresso os historiadores. “Angariou uma fortuna dirigindo parte daquela obra e relacionou-se com as mais altas esferas do poder franquista até se lhe perder a pista, em 1963, em Madrid. Para nós, foi uma investigação apaixonante”, reconhecem. Acabam de publicar a sua investigação numa das revista académicas mais prestigiosas do país.
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