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Espanha

PSOE castiga críticos internos e prepara-se para enfrentar manifestações contra a amnistia aos separatistas catalães

Primeiro-ministro em funções e líder do Partido Socialista Operário Espanhol, Pedro Sánchez
Primeiro-ministro em funções e líder do Partido Socialista Operário Espanhol, Pedro Sánchez
VIOLETA SANTOS MOURA/REUTERS

A expulsão de Nicolás Redondo Terreros, histórico do socialismo basco ameaçado pela ETA, coincide com a organização pela direita de uma grande manifestação em Madrid no próximo dia 24 de setembro. Felipe González e outros veteranos estão contra a estratégia de Pedro Sánchez para se manter no poder

PSOE castiga críticos internos e prepara-se para enfrentar manifestações contra a amnistia aos separatistas catalães

Ángel Luis de la Calle

Correspondente em Madrid

A dissidência começa a valer castigos a quem a ela se atreve. O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda) expulsou esta quinta-feira, após processo disciplinar acelerado, Nicolás Redondo Terreros, antigo secretário-geral desta força política no País Basco e um dos mais ferozes combatentes contra o terrorismo da ETA, que lhe pôs a cabeça a prémio. O motivo alegado é “reiterado desprezo pelas siglas do partido”.

Redondo foi uma das personalidades históricas que mais se destacaram na expressão pública de críticas às cedências que o líder do PSOE, Pero Sánchez, planeia fazer ao independentismo catalão, a troco do apoio dessa fação à sua recondução como primeiro-ministro. A imprensa conservadora espanhola assegura, esta sexta-feira, que a drástica medida do governante é uma advertência às vozes internas que discordam da sua política, e que se tornam mais sonoras a cada dia. Trata-se, sobretudo, do chamado “sector histórico” do PSOE, encabeçado pelo ex-primeiro-ministro Felipe González.

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