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Foi a tradição que levou Filipe VI a nomear Feijóo para tentar formar Governo em Espanha. É a 26 de setembro e tudo indica que falhará

Filipe VI recebeu os partidos e nomeou o chefe do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, para tentar formar Governo
Filipe VI recebeu os partidos e nomeou o chefe do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, para tentar formar Governo
SEBASTIAN MARISCAL/AFP/Getty Images

Líder do Partido Popular não tem apoios para ser primeiro-ministro. Pedro Sánchez considera que a tentativa será vã e “de exibição”. Sessão de investidura, marcada para 26 e 27 de setembro, porá a contar o prazo de dois meses para formar Governo

Foi a tradição que levou Filipe VI a nomear Feijóo para tentar formar Governo em Espanha. É a 26 de setembro e tudo indica que falhará

Ángel Luis de la Calle

Correspondente em Madrid

Alberto Núñez Feijóo, 61 anos, presidente do Partido Popular (PP, centro-direita), cumpriu boa parte dos objetivos que fixou quando abandonóu, há um ano e cinco meses, o cómodo estatuto de presidente da Junta da Galiza para se encarregar da regeneração do seu partido, submerso numa convulsão interna que acabou por consumir o seu antecessor, Pablo Casado.

O novo chefe da direita, que começou por resistir às exigências dos companheiros, procurou aproximar-se o mais possível à presidência do Governo de Espanha desde que se mudou para Madrid. Terça-feira, o chefe de Estado espanhol, o rei Filipe VI, seguiu os trâmites constitucionais ao confiar-lhe a tentativa de formar novo Executivo, na condição de vencedor das eleições legislativas antecipadas de 23 de julho último, quer em votos quer em número de deputados. A sessão de investidura será a 26 e 27 de setembro.

Não é fácil a tarefa de Feijóo. Os números não favorecem a sua candidatura. Até à data soma 172 votos favoráveis, face a 178 negativos. Nesse cenário, a investidura do conservador está fadada a fracassar, com o correspondente desgaste político. Assim, abrirá caminho à proposta alternativa do atual primeiro-ministro em gestão, Pedro Sánchez, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, centro-esquerda), que assegura poder reunir votos suficientes para ficar no poder.

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