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Tratado de combate ao cibercrime tem ronda decisiva em agosto na ONU, mas ninguém garante que seja mesmo aprovado

Tratado de combate ao cibercrime tem ronda decisiva em agosto na ONU, mas ninguém garante que seja mesmo aprovado
NicoElNino

O final de julho promete um aumento de temperatura na ONU, com a reunião decisiva entre Estados-membros sobre uma nova convenção de combate ao cibercrime. Ativistas receiam que este objetivo sirva de pretexto para legitimar perseguições políticas, mas há quem admita que o processo siga para a Assembleia-Geral das Nações Unidas sem garantir ratificação de parte dos estados. Portugal prevê seguir de perto o espírito da Convenção de Budapeste, aprovada em 2001

A lógica sugere que seria impossível aprovar um Tratado Global de Cibercrime sem consenso sobre o que é o combate ao cibercrime. É esse, porém, o desafio que as delegações dos Estados-membros das Nações Unidas (ONU) vão tentar superar quando se reunirem para uma última ronda de negociações, em Nova Iorque.

Sem consenso a este respeito, todo o processo pode ficar bloqueado”, prevê Pedro Verdelho, procurador português que participa no Comité Ad-Hoc da ONU para a redação do Tratado. A reunião decisiva decorre de 29 de julho a 9 de agosto. Caso não haja consenso sobre o texto final, o Tratado, que também é mencionado como Convenção, pode muito bem migrar para uma votação na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. A proposta inicial surgiu pelas mãos da Rússia, com o propósito de alargar a cooperação internacional contra o cibercrime, mas no final arrisca-se a dividir o mundo com um novo muro jurídico.

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