Europa

Geert Wilders desiste de ser primeiro-ministro, negociações para a formação do Governo nos Países Baixos prosseguem

Geert Wilders
Geert Wilders
REMKO DE WAAL/ EPA

Estará em causa um acordo que prevê a criação de um gabinete “extra-parlamentar”, constituído por peritos externos à política ou com poucas ligações aos partidos políticos. Os quatro líderes partidários que tentavam formar uma coligação vão manter os lugares no parlamento, em vez de assumirem um cargo enquanto ministros

Geert Wilders desiste de ser primeiro-ministro, negociações para a formação do Governo nos Países Baixos prosseguem

Eunice Parreira

Jornalista

As discussões sobre a formação de um novo Governo nos Países Baixos vão prosseguir, agora, para negociações mais substanciais, após Geert Wilders, líder da extrema-direita, ter reconhecido que não poderia ser primeiro-ministro, segundo o jornal ‘The Guardian’.

Kim Putters, ex-senador socialista que supervisiona as discussões, irá apresentar um relatório sobre as negociações nesta quinta-feira. Neste documento constará que os quatro partidos envolvidos, Partido da Liberdade (PVV), o liberal-conservador VVD, o agrário BBB e o partido de centro-direita Novo Contrato Social (NSC), poderão criar um gabinete “extra-parlamentar”, constituído por peritos externos à política ou com poucas ligações aos partidos políticos, avança a emissora pública NOS.

Este acordo também implicará que os quatro líderes partidários manterão os lugares no parlamento, em vez de assumirem um cargo enquanto ministros. Esta é uma das exigências no NSC para apoiar um governo maioritário do PVV.

Caso este plano seja concretizado, o acordo da coligação seria mais curto e menos específico e o parlamento teria uma influência significativa sobre as políticas. A última vez que os Países Baixos adotaram este tipo de Governo foi em 1918.

A formação de um Governo nos Países Baixos pode estar mais próxima, quase quatro meses após o PVV, liderado por Wilders, ter conquistado a vitória nas eleições legislativas, mas sem maioria absoluta. “O amor pelo meu país e pelos meus eleitores é grande e mais importante do que a minha própria posição”, disse Wilders na rede social X (antigo Twitter), após a falta de apoio dos partidos com os quais tentava formar uma coligação governamental, que ditaram que Geert Wilders não assumisse o cargo de primeiro-ministro.

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