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Protestos contra o Governo e opositor “parcialmente paralisado”: o que se passa na Sérvia, candidata à UE e liderada por um “pequeno Putin”?

Protesto antigovernamental em Belgrado a 30 de dezembro de 2023
Protesto antigovernamental em Belgrado a 30 de dezembro de 2023
Vladimir Zivojinovic/Getty Images

Mais de um mês após as eleições que reforçaram o poder do Presidente Aleksandar Vucic, dezenas de milhares de sérvios continuam a encher as ruas de Belgrado. A pressão para uma investigação independente já vem de destacadas figuras europeias, que não excluem a necessidade de repetir as legislativas. “Desta vez, os cadernos eleitorais também foram comprometidos, pessoas foram deslocadas de um lugar para outro, registadas em endereços falsos e trazidas de outros países para apoiarem o partido no poder”, denuncia ao Expresso um sociólogo sérvio, que lamenta a inação da UE relativamente a um candidato à adesão

Protestos contra o Governo e opositor “parcialmente paralisado”: o que se passa na Sérvia, candidata à UE e liderada por um “pequeno Putin”?

Hélder Gomes

Jornalista

Mais de 20 políticos europeus de topo na área dos Negócios Estrangeiros pediram às lideranças das instituições europeias “uma investigação independente a todas as irregularidades relatadas e alegações de fraude” nas eleições de dezembro na Sérvia. A carta, a que o jornal “Politico” teve acesso e cujo conteúdo divulgou parcialmente na última quinta-feira, é dirigida aos principais líderes da União Europeia (UE), incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

O apelo a uma investigação internacional independente já tinha sido feito pela oposição sérvia, que contesta as legislativas de 17 de dezembro, das quais o Presidente, Aleksandar Vucic, saiu reforçado. A oposição denuncia a existência de fraude e promove manifestações quase diárias em frente à sede da comissão eleitoral e bloqueios das ruas da capital, Belgrado.

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