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A caminho das eleições, Governo da Polónia “oscilará entre culpar a UE por todos os males e andar de mão estendida a pedir dinheiro”

A “grande marcha” antigovernamental em Varsóvia (4 junho 2023)
A “grande marcha” antigovernamental em Varsóvia (4 junho 2023)
Klaudia Radecka/NurPhoto/Getty Images

Com os olhos postos num terceiro mandato, o partido no poder insiste na fórmula de fazer frente a Bruxelas e agradar à bolsa eleitoral mais conservadora. Mas também tem conhecido dissabores: o órgão judicial da União Europeia confirmou a violação do Estado de direito pela Polónia e as ruas do país enchem-se com alguns dos maiores protestos em mais de 30 anos. As elites “parecem estar um pouco confusas” e contribuem para “uma deterioração da reputação do país”, avalia um politólogo polaco ao Expresso

A caminho das eleições, Governo da Polónia “oscilará entre culpar a UE por todos os males e andar de mão estendida a pedir dinheiro”

Hélder Gomes

Jornalista

Dois números coincidentes, duas realidades muito diferentes: cerca de 500 mil pessoas manifestaram-se a 4 de junho nas ruas de Varsóvia contra o Governo, no dia seguinte o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) confirmou a violação do Estado de direito pela Polónia, uma infração que já lhe tinha valido uma multa diária de 500 mil euros. Nas últimas semanas, as ruas polacas foram palco de vários protestos antigovernamentais – o último dos quais no sábado em defesa dos direitos LGBT –, a poucos meses das eleições legislativas do outono, em que o partido nacionalista e conservador Lei e Justiça (PiS) pretende revalidar a sua manutenção no poder.

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