No último domingo da campanha, Kamala Harris e Donald Trump continuaram o périplo pelos estados decisivos, em busca de apoio. Se dúvidas houvesse – e as sondagens sugerem-no –, o jornal “The New York Times” nota como a democrata e o republicano se distanciaram em forma e conteúdo.
Kamala Harris apelou à esperança. Numa igreja de uma comunidade maioritariamente negra em Detroit, disse aos fiéis que a nação estava “pronta para dobrar o arco da História em direção à justiça”. Já Trump seguiu para Lititz, na Pensilvânia, onde rejeitou os discursos preparados e proferiu comentários agressivos: atacou as sondagens e os democratas, a quem chamou “demoníacos”, e sugeriu que não se importaria que os repórteres fossem baleados. “Para chegar a mim, uma pessoa teria de disparar através das ‘fake news’, e eu não me importo com isso, porque não me importo.” O porta-voz da sua campanha veio mais tarde esclarecer que não se tratava de uma ameaça velada à comunicação social, ou de uma desvalorização de um possível episódio de violência, mas um apelo a que os jornalistas cuidassem do próprio bem-estar.
Donald Trump foi mais coerente quando atirou aos dois assuntos em relação aos quais Kamala Harris mais recebe críticas: economia e imigração. “Tínhamos a fronteira mais segura da história do nosso país no dia em que parti”, disse o candidato republicano. “Não devia ter ido embora, quero dizer, honestamente”, continuou Trump.
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