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Eleições americanas 2024

Negacionismo eleitoral, o espectro da violência e até um empate: como os EUA se preparam para um cenário de caos pós-eleitoral

Muitos republicanos continuam a acreditar que Donald Trump foi "roubado" nas eleições e por isso perdeu a presidência
Muitos republicanos continuam a acreditar que Donald Trump foi "roubado" nas eleições e por isso perdeu a presidência
Courtney Pedroza/Getty Images

No debate com Kamala Harris, Donald Trump recusou-se, de novo, a admitir que perdeu as presidenciais de 2020. Não é só mais uma mentira, referência ininteligível a um qualquer fenómeno obscuro da internet. O negacionismo eleitoral de Trump, que contagiou milhões de eleitores republicanos, pode degenerar numa onda de violência pós-eleitoral. Esta é apenas uma das preocupações na mente dos que têm vindo a observar os últimos meses de campanha. Estar alerta sem cair em alarmismos é a receita dos especialistas para garantir que o sistema eleitoral aguente a pressão

Negacionismo eleitoral, o espectro da violência e até um empate: como os EUA se preparam para um cenário de caos pós-eleitoral

Ana França

Jornalista da secção Internacional

“Quando eu vencer, as pessoas que fizeram batota vão enfrentar o pleno poder da lei, o que incluirá longas penas de prisão, para que esta depravação da justiça não volte a acontecer”, escreveu Donald Trump, sábado, 7 de setembro, na sua rede social Truth Social. O antigo Presidente dos Estados Unidos optou por voltar ao tema que tem sido um dos mais galvanizadores entre a sua base radical: a alegada fraude eleitoral que os democratas estão a preparar para conservar a Casa Branca, mesmo perdendo as eleições do próximo dia 5 de novembro.

Segundo a Associated Press, Trump e a sua equipa jurídica levaram a tribunal mais de 100 casos para tentar reverter os resultados de há quatro anos, sem êxito. Não haver registo de casos de fraude eleitoral bem-sucedida na história da democracia dos Estados Unidos não parece demover o candidato republicano de semear dúvidas sobre um processo que ainda nem sequer começou, apesar de, em alguns estados, os boletins para quem vota pelo correio já estarem a ser enviados.

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