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Eleições americanas 2024

Kamala foi um desfibrilhador para o Partido Democrata, mas só uma aposta forte na economia pode manter o corpo vivo

Kamala Harris, Vice-presidente dos Estados Unidos, mostra discos que comprou na loja Rule Records, em Washington DC, a 3 de maio de 2023
Kamala Harris, Vice-presidente dos Estados Unidos, mostra discos que comprou na loja Rule Records, em Washington DC, a 3 de maio de 2023
Getty Images
A vice-presidente já tem o money e os memes, precisa de garantir a message. A campanha de angariação de fundos sem precedentes, a viralidade das suas publicações nas redes sociais e os milhares de vídeos no TikTok com colagens das suas melhores frases e risadas mais estridentes são boas notícias para a base democrata, mas Harris tem de ir muito além disso e falar para fora da bolha, para a classe trabalhadora americana que os democratas estão a perder há várias eleições
Kamala foi um desfibrilhador para o Partido Democrata, mas só uma aposta forte na economia pode manter o corpo vivo

Ana França

Jornalista da secção Internacional

A facilidade e a rapidez com que Kamala Harris se tornou unânime entre o aparelho democrata como próxima candidata à Casa Branca mostram que o partido estava sedento de mudança. Em particular nos últimos três meses, os democratas quase não tiveram espaço para falar dos seus planos para o futuro, ocupados que estavam em defender-se das críticas, acusações e dúvidas, de dentro e de fora, sobre o declínio das capacidades intelectuais de Joe Biden, que, a 21 de julho, acabou por desistir da reeleição.

Um pouco por todo o país, os polidesportivos dos subúrbios das grandes cidades enchem-se para ouvir Harris falar, os seus atos de campanha têm listas de espera, grupos de pensionistas da Florida, brancos, de classe média-alta e com tendência a votar nos republicanos organizam recolhas de fundos e à porta das sedes regionais do Partido Democrata, nascem, a cada manhã, novas filas para a inscrição de voluntários.

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