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Mind the Vote

Mind the Vote #2. Afinal quem já se aliou a quem na campanha eleitoral do Reino Unido? Uma história com amigos, inimigos e gente de coragem

O prazo para registar candidatos para as eleições de 12 de dezembro no Reino Unido acaba esta quinta-feira às 16h. Toda a gente já tem de saber quem vai concorrer e por que círculo eleitoral. Por isso mesmo, optámos neste segundo Mind the Vote por explicar que alianças pré-eleitorais estão a florescer, entre que partidos, onde é que essas alianças são bem-vindas e onde é que estão a provocar algum mal-estar interno nos partidos. Nesta atualização contamos ainda a história de outras coligações (sabe como é que os trabalhistas entraram pela primeira vez no parlamento?) e escolhemos uma frase bastante irónica arremessada a Boris Johnson neste dia de campanha

Mind the Vote #2. Afinal quem já se aliou a quem na campanha eleitoral do Reino Unido? Uma história com amigos, inimigos e gente de coragem

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Este segundo “Mind The Vote” é revisão da matéria dada, mas estes últimos capítulos saem de certeza no exame final marcado para 12 de dezembro. É que está a acabar o prazo para os partidos inscreverem os seus candidatos em cada um dos 650 círculos eleitorais. À hora de saída deste artigo faltam só 24 horas, mas se as cambalhotas do Brexit nos provam alguma coisa é que 24 horas são um intervalo de tempo onde cabem gafes destruidoras de carreiras, criação de novos partidos a partir do zero ou até mudanças supersónicas de alianças eleitorais.

Foi por isso que decidimos recapitular: quais são as alianças que se estão a formar no Reino Unido e de que forma podem influenciar o resultado final das legislativas? É que muito antes de darmos início a este acompanhamento diário no Expresso, já os principais atores da política britânica se mexiam por trás das cortinas do teatro, tentando mexer os cordelinhos para que, quando chegasse o dia em que as legislativas fossem finalmente anunciadas, as alianças já estivessem estabelecidas. É preciso saber quem são os inimigos, os amigos falsos, os conhecidos que não convidamos para nossa casa mas até podíamos levar ao pub e os corajosos que vão contra os amigos porque ajudar os conhecidos do pub é melhor para o bem comum.

A primeira aliança chegou com grande estrondo e um nome sonante: “Remain Alliance” (Aliança pela Permanência), para que não haja dúvidas sobre ao que vêm. Em 60 localidades britânicas há um pacto de não-agressão firmado pelas principais forças políticas que defendem a permanência do Reino Unido na UE: entre Liberais-Democratas, Plaid Cymru (nacionalistas galeses) e Verdes concorre apenas o que tiver mais hipóteses de vencer e enviar para Westminster um deputado europeísta. Os três partidos resolveram também não concorrer nos círculos onde os ex-parlamentares conservadores Dominic Grieve e Anna Soubry e o ex-trabalhista Gavin Shuker, todos eles pró-UE, vão defender o lugar sem terem já o respaldo de uma sigla partidária. São pelo “remain”, logo escusam de se preocupar com fogo amigo.

Uma semana depois deste anúncio, foi o chefe dos leavers, Nigel Farage, quem abdicou de enviar candidatos do seu Partido do Brexit para os 317 lugares onde o Partido Conservador venceu em 2017. Esta movimentação é estranha se olharmos para as sondagens, que mostram que um em cada cinco apoiantes da saída da UE estava a pensar votar no Partido do Brexit. Já há quem acuse Farage de estar feito com Donald Trump, de estar à espera de um ministério no eventual governo de Boris Johnson ou mesmo de uma passagem à Câmara dos Lordes. Ele garante que isso são “rebuscadas mas falsas teorias da conspiração”.

Um júbilo semi-histérico apoderou-se dos conservadores nas horas que se seguiram à notícia da dádiva eleitoral de Farage, mas os analistas de sondagens depressa espetaram nesse balão de entusiasmo um alfinete feito de números. Chris Curtis, de empresa de sondagens YouGov, explicou no Twitter que, embora a decisão de Farage ajude os conservadores a manter os assentos que já têm, o mesmo não sucede em assentos que precisariam de conquistar para assegurar maioria absoluta para Boris Johnson. Dado que o Partido do Brexit não abdicou de concorrer nos locais onde o voto está dividido entre trabalhistas e conservadores, “é provável que acabe por prejudicar estes últimos, retirando-lhes votos em alguns desses assentos ainda pouco definidos”.

Ver Twitter

A maioria dos analistas concede que por cada dois votos que o Partido do Brexit tira aos conservadores apenas consegue retirar um aos trabalhistas. Os remainers também têm uma colina bastante íngreme para subir: há sondagens que mostram que pelo menos 30% dos eleitores pró-UE teriam de escolher o “voto útil” para que, de facto, uma aliança contra o Brexit pudesse formar-se no pós-eleições.

Foto do dia

O líder do Partido do Brexit, Nigel Farage, esteve numa sessão de “boxe” com o peso-pesado Derek Chisora, um franco apoiante da saída do Reino Unido da União Europeia. Já foi filmado em frente a Westminster simplesmente a repetir a palavra “Brexit” muitas vezes e muito alto. Chisora é a personificação do movimento antielites, já que uma das suas frases preferidas é “se não fosse pela pressão de Londres, já teríamos saído”
NIKLAS HALLE'N/Getty

A frase

“Bem que demoraste, Boris.” Um residente da aldeia de Fishlake, perto de Doncaster, no dia em que finalmente o primeiro-ministro Johnson se decidiu a visitar as áreas do país a braços com as piores cheias dos últimos anos. Centenas tiveram de abandonar as suas casas.

Uma história fora do radar

Falávamos há pouco de amigos, inimigos e corajosos. Os trabalhistas não quiseram fazer parte da “Remain Alliance” mas há quem insista em ajudá-los mesmo assim. Tim Walker, escolhido para candidato liberal-democrata por Canterbury, decidiu desistir para não dividir os votos da oposição entre os liberais-democratas e os trabalhistas. Walker prefere deixar o caminho livre à trabalhista Rosie Duffield, a mulher que pela primeira vez na história retirou Canterbury aos conservadores nas eleições de 2017. É aqui que se vê que, por vezes, as rivalidades na política se tornam frívolas. Ora, Walker, em vez de se tornar uma espécie de herói instantâneo dos liberais-democratas por abdicar da sua carreira em prol da luta contra o Brexit, tornou-se alvo de críticas por abdicar para o “inimigo” em que o Partido Trabalhista se tornou apenas por não querer fazer oficialmente parte da “Remain Alliance”. Os liberais-democratas apressaram-se a dizer à comunicação social que iriam colocar no lugar de Walker outro nome do partido. Nomearam Claire Malcolmson, mas antes dela houve quatro pessoas contactadas para substituir Walker que confirmaram ao diário “The Guardian” que não iriam avançar contra os trabalhistas. Eis um grupo de corajosos, que devem estar agora todos no pub, em conversações com o fogo amigo. Isto se, de facto, houver por ali convicções e não apenas carreiras para defender.

Naftalina eleitoral

Como hoje o nosso Mind the Vote é sobre alianças, vamos lá desmistificar o assunto. Os políticos temem-nas, os radicais desprezam-nas, os partidos assinam-nas na mesma. Um dos exemplos mais extremos do perigo de uma aliança pós-eleitoral aconteceu há poucos anos, com os Liberais-Democratas. Em 2010, a sua votação foi de tal forma estrondosa que o exército de Nick Clegg conseguiu enviar para o Parlamento 57 deputados e entrar numa coligação de Governo (a primeira em décadas) com os conservadores de David Cameron, que tinham vencido sem maioria absoluta. Escusado será referir que a marca de esquerda jovem, antipropinas e ambientalista quase radical dos liberais se dissolveu na grande mancha do centrão que ajudaram a viabilizar. Nas eleições de 2015 conseguiram apenas oito lugares, tendo sido culpados pelo eleitorado do muito que correu mal no Executivo bicéfalo (sobretudo terem quebrado a promessa de não aumentar as propinas universitárias) e sem colher créditos do mesmo. Clegg, que era vice-primeiro-ministro, perdeu o lugar na eleição seguinte (2017) e trabalha hoje na promoção de imagem do Facebook.

Mas embora os pactos eleitorais possam parecer a antítese da política - afinal para que serve um partido se não para lutar por casa localidadezinha? - não são incomuns no Reino Unido. Os primeiros deputados trabalhistas chegaram ao Parlamento em 1906, após um pacto com os liberais. Historicamente houve acordos fechados também ao nível local. Na eleição local de Oxford de 1938, trabalhistas e liberais decidiram não levar a jogo os seus em protesto contra ao que consideravam ser a tibieza do primeiro-ministro conservador Neville Chamberlain para com Adolf Hitler. Mais recentemente, após o assassínio da deputada trabalhista Jo Cox em 2016, os principais partidos políticos recusaram-se a concorrer na eleição para substituí-la no círculo de Batley e Spen, como marca de respeito.

Sondagem do dia

Com os trabalhistas apostados em tornar o Serviço Nacional de Saúde o seu tema principal de campanha, prometendo aumentar os impostos aos 5% mais ricos para financiar um melhoramento dos serviços, o instituto YouGov mostra que a população apoia uma subida de impostos. Mais de metade (53%) dos britânicos dizem que apoiariam o aumento da taxa básica de imposto sobre os rendimentos de 20% para 21%. Menos de um terço das pessoas (31%) é contra.

Saído do manifesto

Ainda não sabemos se será uma prioridade ou algo que Boris Johnson gostaria de fazer, mas o primeiro-ministro britânico disse esta quarta-feira que o seu governo, caso vença, insistirá depois do Brexit na prioridade à contratação de britânicos em empresas e outros projetos financiados com dinheiros públicos.

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