A Amazon chegou a um acordo para finalizar um processo movido contra a empresa pela Comissão Federal do Comércio (FTC, na sigla em inglês). A multinacional de Jeff Bezos terá de pagar 2,5 mil milhões de dólares por induzir pessoas a assinarem o serviço "Prime" e, depois, dificultar o cancelamento, noticiou o "The New York Times".
A ação judicial iniciada pela FTC em 2023 começou a ser julgada nos últimos dias. As declarações iniciais no tribunal ocorreram na terça-feira. Além da empresa, três executivos da Amazon poderiam vir a ser considerados culpados, caso o júri concordasse com a agência governamental.
A multinacional pagará uma multa de mil milhões de dólares (cerca de 850 milhões de euros), além de 1,5 mil milhões (quase 1.300 milhões de euros)) aos cerca de 35 milhões de clientes afetados por "inscrições indesejadas no Prime ou cancelamentos adiados", noticiou a CNBC.Segundo o "The New York Times", cada pessoa receberá um reembolso de 51 dólares nos próximos 90 dias.
Em comunicado da FTC, citado pela CNBC, a agência afirma que a Amazon não admitiu ter cometido infrações ao aceitar o acordo. Mesmo assim, a agência descreve a situação como uma "vitória monumental". "A FTC de Trump-Vance está empenhada em combater as empresas que tentam enganar os americanos comuns e roubar-lhes o seu salário suado", disse Andrew Ferguson, líder da organização governamental.
A Amazon, através do porta-voz Mark Blafkin, afirmou que a empresa “sempre cumpriu a lei”. “Este acordo permite-nos seguir em frente e concentrar-nos na inovação para os clientes”, acrescentou.
Agora, segundo o acordo, a multinacional comprometeu-se a não deturpar os termos de uso do Prime. Além disso, será necessário obter o consentimento expresso dos clientes para cobrar pelo serviço, assim como a empresa precisará de garantir uma forma simples de cancelamento.
O valor de 2,5 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) é um dos maiores cobrados pela FTC na história. No entanto, representa apenas 0,1% do valor de mercado da Amazon, avançou a MNBC. O Prime, por sua vez, é fundamental para a empresa, uma vez que, além ter rendido 44 mil milhões de dólares (37,71 mil milhões de euros) no último ano, os clientes que subscrevem a este serviço costumam realizar compras mais frequentes através da plataforma online, escreve o "The New York Times".
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