“Entramos numa página muito perigosa, com os dois partidos no extremo populista”: entrevista ao senador estadual luso-americano Jack Martins

“A resposta no país tem sido de que temos de voltar atrás.” O republicano Jack Martins admite que a morte de Charlie Kirk (que foi assassinado há alguns dias numa universidade no Utah) seja “um ponto de inflexão” no país. Em entrevista na Praia da Vitória, na Terceira, durante a Conferência Internacional das Lajes – Açores: do Oceano ao Espaço, organizada pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, o senador estadual de Nova Iorque, que tem raízes portuguesas (os pais nasceram em Barcelos) defendeu a necessidade de recuperar moderação no diálogo político, avaliou a segurança global como “mais estável do que há nove meses” (antes de Donald Trump regressar à Casa Branca) e sublinhou que os Estados Unidos não estão a fechar mercados, mas sim a “reequilibrá-los”. Comentando a suspensão do programa de Jimmy Kimmel, considerou que o apresentador e comediante “é um exemplo de falta de respeito no processo e no diálogo político”, ainda que admita que o Partido Republicano tem mais traços de populismo hoje do que “talvez há 12 ou 15 ou 20 anos”.