EUA vs. Venezuela: Aliança Bolivariana denuncia “ameaça militar” americana disfarçada de combate ao narcotráfico
Aliança bolivariana acusou Washington de ameaçar a paz regional com operações disfarçadas de combate ao narcotráfico
Aliança bolivariana acusou Washington de ameaçar a paz regional com operações disfarçadas de combate ao narcotráfico
Os chefes de Estado e de Governo dos dez países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) condenaram esta quinta-feira o destacamento militar dos Estados Unidos no Caribe, acusando Washington de colocar em risco a paz e a estabilidade da região sob o pretexto de operações antidroga.
“O destacamento militar norte-americano nas águas do Caribe, disfarçado de operações antidroga, representa uma ameaça à paz e à estabilidade da região e constitui uma violação flagrante do direito internacional”, acusaram os dirigentes da ALBA, reunidos numa conferência virtual, através de um comunicado.
Reunidos em conferência virtual, os líderes da aliança, que integra Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua e várias ilhas das Caraíbas, criticaram a mobilização norte-americana de três navios de guerra e 4.000 soldados norte-americanos, para as águas do Caribe perto da Venezuela, sublinhando que se trata de uma violação do direito internacional e de uma “clara intenção intervencionista”. No mesmo comunicado, expressaram apoio ao Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, alvo de um mandato de captura dos EUA e de uma recompensa de 50 milhões de dólares por alegado envolvimento no narcotráfico.
Em Caracas, o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, advertiu que qualquer estrangeiro que entre sem autorização na Venezuela “não sairá”, defendendo que os 30 milhões de venezuelanos têm a obrigação de proteger o território e denunciar o que considerou uma “agressão imperialista”. Durante a sessão parlamentar foi aprovado um projeto de acordo para reforçar a defesa da soberania e lançar uma ofensiva diplomática contra Washington.
Entretanto, Nicolás Maduro anunciou o destacamento de 4,5 milhões de milicianos em todo o país, no que classificou como um “plano de paz” destinado a garantir a defesa nacional. O chavismo rejeita as acusações norte-americanas de tráfico de droga e insiste que as ações de Washington pretendem desestabilizar e fragilizar os governos latino-americanos.
Do lado norte-americano, a Casa Branca reiterou que irá usar “todo o seu poder” para travar o fluxo de drogas para o país, justificando a presença militar reforçada no Caribe.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt