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Um burrito, um vídeo em urdu e a vitória contra o sistema: o novo rosto da esquerda em Nova Iorque “é como uma bebida refrescante no calor”

Zohran Mamdani
Zohran Mamdani
Andrew Lichtenstein

Zohran Mamdani conquistou, em muito pouco tempo, uma das vitórias mais surpreendentes na política americana. É muçulmano, jovem, bom orador, telegénico, hábil no uso das redes sociais, e entende que uma mensagem clara, concisa e simples supera posições políticas complexas

Simplificar, alcançar as pessoas onde elas estão, de preferência sendo um rosto novo, que entende as redes sociais e passa autenticidade: em Nova Iorque, Zohran Mamdani, o vencedor das primárias democratas para aquela Câmara, quer dissociar-se de códigos antigos e apresentar um novo manual. “Parece uma versão de esquerda de Donald Trump ou uma extensão de Bernie Sanders”, diz Donald Nieman, que ensina História e Direito e Política Modernos dos Estados Unidos na Universidade de Binghamton.

Tem 33 anos, é membro da assembleia estadual de Nova Iorque e, em pouco tempo, tornou-se uma estrela: para muitos, um rasgo de esperança que desafia tanto a presidência de Trump quanto o ‘establishment’ democrata. Fez, além disso, história ao tornar-se o primeiro candidato muçulmano, e, a confirmar-se a tradição — os vencedores das primárias democratas são geralmente os favoritos para vencer as eleições gerais em Nova Iorque, cidade maioritariamente democrata —, o sonho de sair vitorioso uma segunda vez em novembro não é um horizonte longínquo.

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