EUA

Trump ordena investigação às ações de Biden enquanto Presidente devido a relatórios sobre “declínio cognitivo”

Trump ordena investigação às ações de Biden enquanto Presidente devido a relatórios sobre “declínio cognitivo”
Kevin Lamarque

Preocupações com a idade e a acuidade mental do antigo Presidente tornaram-se mais evidentes depois da revelação de que foi diagnosticado com cancro da próstata

Donald Trump ordenou um inquérito sobre as ações de Joe Biden enquanto presidente, alegando que os seus principais assessores ocultaram o “declínio cognitivo” do seu antecessor, de acordo com o jornal The Guardian.

A investigação tem como base uma campanha já em curso liderada pelos republicanos contra o antigo Presidente, de forma a anular algumas das ações executivas, como perdões e normas federais, que emitiu no final do mandato.

Biden considerou “ridícula” a ideia de encobrimento, numa declaração emitida: “Deixem-me ser claro: fui eu que tomei as decisões durante a minha presidência. Tomei as decisões sobre os perdões, as ordens executivas, a legislação e as proclamações. Qualquer sugestão de que não o fiz é ridícula e falsa”.

Na quarta-feira, os deputados do Partido Republicano pediram o testemunho de cinco dos principais assessores e conselheiros do antigo presidente sobre as suas “faculdades mentais e físicas”. O comité de supervisão da Câmara, presidido pelo representante republicano James Comer, do Kentucky, já estava a falar com outros quatro, segundo avançou a CBS News.

Também um inquérito separado foi lançado, esta terça-feira, pelo advogado do departamento de justiça Ed Martin, sobre os indultos concedidos por Biden nos seus últimos dias de mandato a familiares e a reclusos no corredor da morte.

As capacidades cognitivas de Biden durante a sua presidência têm sido alvo de discussão há vários anos pelo Partido Republicano e Trump tem frequentemente sugerido que algumas das ações de Biden são inválidas, porque os assessores usurpavam a autoridade presidencial para encobrir o alegado “declínio cognitivo” do chefe de Estado.

Num memorando, Trump criticou Biden por utilizar uma autopen, um dispositivo mecânico para replicar a assinatura autêntica de uma pessoa, usado por presidentes há décadas, para assinar ações executivas. A investigação da administração, que será conduzida por Pam Bondi, a procuradora-geral, e David Warrington, o conselheiro da Casa Branca, centrar-se-á em “quem dirigia os Estados Unidos enquanto o Presidente Biden estava em funções”, de acordo com o documento.

“Esta conspiração marca um dos escândalos mais perigosos e preocupantes da história americana”, escreveu Trump. “O público americano foi propositadamente impedido de descobrir quem exercia o poder executivo, enquanto a assinatura de Biden era utilizada em milhares de documentos para efetuar mudanças radicais nas políticas”.

As preocupações com a idade e acuidade mental do antigo Presidente tornaram-se mais evidentes nas últimas semanas, depois da revelação de que foi diagnosticado com cancro da próstata.

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