EUA

Juiz considera ilegal demissão pela administração Trump de funcionários em período probatório

Juiz considera ilegal demissão pela administração Trump de funcionários em período probatório
Brian Snyder

Um juiz federal norte-americano considerou ilegais as demissões em massa de funcionários públicos em período probatório ordenadas pela administração de Donald Trump, restringindo-as de forma temporária

Um juiz federal norte-americano considerou ilegais as demissões em massa de funcionários públicos em período probatório ordenadas pela administração de Donald Trump, restringindo-as de forma temporária.

O juiz distrital William Alsup, de São Francisco, ordenou que o Gabinete de Gestão de Pessoal (OPM, na sigla em inglês) informe certas agências federais, incluindo o Departamento de Defesa, de que não tinha autoridade para demitir estes funcionários que não têm vínculo permanente à administração pública.

"O OPM não tem qualquer autoridade, sob qualquer estatuto na história do universo", para contratar ou despedir quaisquer funcionários que não sejam os seus, disse o juiz, que foi nomeado pelo ex-Presidente democrata Bill Clinton.

Alsup emitiu uma ordem de restrição temporária solicitada por sindicatos e organizações sem fins lucrativos numa ação interposta pela coligação na semana passada.

A queixa apresentada por cinco sindicatos e cinco organizações sem fins lucrativos está entre vários processos judiciais que rejeitam os esforços do governo para reduzir drasticamente o número de funcionários públicos, que Trump classificou de excessivo.

Milhares de funcionários em período probatório, que geralmente têm menos de um ano de serviço, já foram despedidos e a administração Trump visa agora funcionários de carreira.

Os advogados do governo dizem que o OPM não ordenou os despedimentos, mas sim que pediu às agências que revissem e determinassem se os funcionários sem vínculo estavam aptos a continuar no emprego.

Alegam ainda que estes funcionários não têm garantia de emprego e que apenas devem ser contratados aqueles que têm melhor desempenho ou desempenham missões críticas.

Estima-se que existam 200 mil trabalhadores em período probatório nas agências federais, prestando serviços que vão desde a prevenção de incêndios ao apoio a veteranos, refere a queixa.

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