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“EUA e aliados da NATO estão atentos aos ciberataques russos na Europa”, avisa Nathaniel Fick, embaixador americano para o ciberespaço

Programadores e outros profissionais do sector das tecnologias surgiram como alguns dos alvos mais procurados pelas mais recentes campanhas de ciberataques lançados por grupos conotados com Irão e Hamas
Programadores e outros profissionais do sector das tecnologias surgiram como alguns dos alvos mais procurados pelas mais recentes campanhas de ciberataques lançados por grupos conotados com Irão e Hamas
getty images

Washington inicia novo capítulo na política externa para a Internet. Desta vez é chegada a hora de criar um ecossistema assente na “solidariedade digital”, que prevê o respeito pelos direitos humanos e o combate ao cibercrime. Resta saber se China e Rússia alguma vez estarão dispostas a aderir à mesma lógica

Nathaniel Fick é embaixador dos Estados Unidos, mas tem uma missão literalmente virtual, ou não fosse ele o principal representante do Governo americano para o Ciberespaço e para a Política Digital. Foi nessa qualidade que ajudou a reformular a estratégia para a Internet do Departamento de Estado (equivalente a Ministério dos Negócios Estrangeiros). Numa videoconferência com jornalistas de vários continentes, o embaixador Fick deu ênfase à “solidariedade digital”, que ajuda a partilhar recursos, princípios e regulações, mas não deixou de dar resposta às questões relacionadas com possíveis ciberataques que visem minar as eleições que vão decorrer na Europa e nos Estados Unidos durante 2024.

“Os Estados Unidos e os aliados da NATO estão vigilantes, enquanto observam e acompanham qualquer atividade de ciberataque na Europa”, avisou o diplomata americano. Refere que os ataques atribuídos à Rússia não são novos e terão mesmo interferido nas eleições presidenciais do seu país em 2016. “Os Estados Unidos e a NATO já tornaram bem claro que os ciberataques contra aliados são inaceitáveis e podem desencadear consequências significativas.”

Fick recordou que “todos os membros das Nações Unidas apoiaram repetidamente o quadro de trabalho para um comportamento responsável no ciberespaço”, mas apontou o dedo não só à Rússia como à China, exemplos de países que não estão a cumprir os seus compromissos.

Fick lembrou que a Agência de Segurança de Infraestrutura dos Estados Unidos, o FBI, o Cibercomando dos Estados Unidos, bem como vários especialistas em cibersegurança “apuraram forma forense, técnica e empírica que a China põe em risco a infraestrutura dos Estados Unidos e de outros países”.

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